Miguel Louro é a alma da Quinta do Mouro. Adora o que faz, e isso percebe-se na emoção com que fala dos seus vinhos. Exímio jogador de póquer, coleccionador de antiguidades e médico dentista, dedica a maior parte do tempo às vinhas e ao vinho. Com uma personalidade vincada e cativante, é conhecido por dizer o que pensa e gostar de contrariar quem com ele debate ideias. Tudo isto se reflecte no que produz: vinhos atípicos e cheios de personalidade, frutos da inovação e da experimentação, que se recusam a agradar às tendências do mercado, usando o seu bom (e às vezes mau!) génio para questionar dogmas instituídos e surpreender.
«Dizem que Miguel Louro sempre foi assim, um iconoclasta. O seu combate é pelos vinhos autênticos, pela transparência e pela liberdade de criação. Irrita-o o mundo do vinho «certificado, regulado, fiscalizado… Faça o que fizer, diga o que disser, os seus vinhos têm uma legião de adeptos fiel e empenhada na sua causa…» (…) «Sou um dos poucos a ser realmente vitivinicultor. Só faço as minhas uvas. Os consumidores sabem que se abrirem uma garrafa minha que o vinho é de Estremoz”. Para que não restem dúvidas, “o meu vinho tem de ser irreverente e polémico. Como eu sou”… Faça o que fizer, diga o que disser, os seus vinhos têm uma legião de adeptos fiel e empenhada na sua causa – e atraída pela sua imagem. » Manuel Carvalho, in Jornal Público 21.05.2016
``Gosto de irritações. Aquilo que nos atrai é um pouco as dificuldades. Irritam-me as facilidades.``
Miguel Louro