A adega no piso térreo da casa é palco de uma abordagem única e arrojada, onde se combina a ciência com a poesia. Em permanente diálogo e confronto com algumas formatações da enologia contemporânea, Miguel Louro não dispensa a vindima manual para caixas de 18 kg, com criteriosa selecção de cachos no terreno; a pisa a pé em lagares com separação de castas; as fermentações espontâneas com leveduras autóctones; o uso de barricas de carvalho francês mas também português; e um conjunto de métodos minimalistas na adega, preservando a essência do terroir de Estremoz.
«A adega é surpreendentemente pequena e acanhada, num pequeno anexo da casa, exígua no pouco espaço disponível, e modesta na utilização de peças de tecnologia, tal como modesta no investimento (…) Uma adega de trabalho dedicada ao vinho e sem embelezamentos desnecessários, sem a panache ou o trabalho de decoração de arquitectos de interior que começa a caracterizar tantas adegas… »
– Fugas, Jornal Público – 04.07.2015
Uma adega 'arcaica' onde os princípios básicos não podem falhar